sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Cuidado: Educamos para o consumo

As sociedades de consumo - que também, sintomaticamente, são conhecidas por sociedades do desperdício - constituem um modelo social e econômico que tem sido objeto de estudos e análise pelas mais variadas áreas científicas, desde a antropologia até à economia, passando pela sociologia, psicologia social, ecologia, etc, e graças aos quais tem sido possível à compreensão e a crítica da sua lógica interna e dos respectivos dispositivos de funcionamento.

Cada vez mais a publicidade consegue arrancar suspiros de homem e mulheres que sobrevivem dentro de um consumo desenfreado, isso se torna perigoso e ainda pode virar doença.

A questão do consumo abusivo acaba por influenciar nossos jovens que estão aí de encontro com os anúncios revestidos de mensagens onde se deixa claro ter é poder, e nossas crianças que ainda sem discernimento, também são tão cedo seduzidas pelo ato da compra.

Então devemos nos ater de como somos condicionados desde de pequenos a nos contagiar por uma sociedade hipócrita e mesquinha que te reconhece quando você tem o melhor carro, a melhor roupa, a melhor casa, mas vira as costas quando você por algum motivo superior as suas forças, fora excluído do poder de simplesmente consumir, consumir e consumir...

Cinema e escola: receita que dá certo

Em nossa sociedade estamos passando por um período de muitas mudanças e avanços, dentre eles a evolução dos aparatos tecnológicos. A utilização das novas tecnologias em sala de aula, como suporte para se transmitir conhecimento aos alunos, faz parte das discussões pedagógicas atuais. O papel da TV e das novas mídias na educação e a importância e dificuldades do uso do cinema nas escolas, deverá ser discutidos por educadores que visualizam a importância da viabilidade de implantação do ensino do cinema para crianças e adolescentes. Deve haver a construção de uma política pública que valorize a função pedagógica do cinema e da produção audiovisual, como geradores de conhecimento. Ainda assim devemos discutir a democratização da produção e acesso ao cinema.Os filmes apresentam múltiplas possibilidades de criatividade e habilidade do professor em conduzir o processo, pode ser uma experiência riquíssima, principalmente considerando o fato de se estabelecer uma relação interdisciplinar a partir do conteúdo do filme, tornando a aprendizagem, mas dinâmica, crítica e participativa.

Levar o aluno a assistir um filme pode ser que uma atividade recreativa, estimulante e lúdica, e também uma ferramenta de aprendizado.

Para o educador se utilizar do cinema para ensinar é de extrema importância, pois os filmes nos passam mensagens e ainda , nos levam a reflexão.

Futebol: mania nacional

A atividade física na modernidade deve fazer parte da rotina de todos os seres humanos que queiram ter uma vida saudável.Dentro do currículo escolar ela já está inserida e se torna a aula preferida das crianças e adolescentes que contam os dias para que chegue a aula de educação física.

O futebol é uma das práticas culturais mais praticadas e adoradas em nosso país. No âmbito nacional ele está entre o esporte preferido dos meninos na hora do recreio.Dentro do contexto escolar, possui características específicas, que representam inúmeras sensações vivenciadas por quem o pratica como: tensões, competições, exclusões, inclusões, etc. Assim, como manifestação presente no cotidiano escolar, o futebol se manifesta nos diversos tempos e espaços escolares. De acordo com Ricardo Carvalho de Figueiredo, docente do Departamento de Artes (DEART), do Instituto de Filosofia, Artes e Cultura (IFAC) da UFOP, o recreio – institucionalizado pela escola como tempo de merenda e descanso para o dia escolar que ainda não acabou é desvalorizado como tempo de produção cultural – foi eleito por essa pesquisa como tempo de investigação por abrigar práticas lúdicas (especificamente do futebol).

O recreio visto como momento reservado para comer, vira um momento de interações diversas e aprendizagem. “A observação do cotidiano do recreio permite afirmar que muitas regras são construídas ou reestruturadas nas muitas interações das crianças na escola, ou seja, há uma produção permanente das regras anteriormente estabelecidas e já instrumentalizadas do futebol no recreio escolar”, acrescenta Ricardo.

Assim, o futebol também deve ser visto não como um esporte que não tenha uma finalidade educativa, pois através dessa prática ocorrem transformações de regras, espaços e tempos que direciona o aluno.

Escolher com responsabilidade

A escolha de um curso superior deve ser feita com responsabilidade, sabemos que os jovens são pressionados a entrar em boa faculdade e escolher o curso certo, mas nem tudo parece fácil.

O curso de Jornalismo é o mais concorrido do Vestibular 2008 da Universidade de São Paulo (USP). Segundo dados divulgados pela Fuvest serão 41,63 candidatos para cada uma das 60 vagas do curso.

O profissional da área terá um vasto campo de trabalho e pode escolher vários setores para poder desempenhar suas funções.

Mas os jovens que sonham com o jornalismo deve ingressar na carreira, pela função social que a profissão tem, pensando sempre em informar acima de tudo e de manterem as pessoas bem informadas, mas não subestimando o lado formador de opinião, mas sim pelo lado questionador e conscientizador que o jornalismo preza.

Novas tecnologias será que seus benefícios são para todos?

As sociedades de consumo - que também, sintomaticamente, são conhecidas por sociedades do desperdício - constituem um modelo social e econômico que tem sido objeto de estudos e análise pelas mais variadas áreas científicas, desde a antropologia até à economia, passando pela sociologia, psicologia social, ecologia, etc, e graças aos quais tem sido possível à compreensão e a crítica da sua lógica interna e dos respectivos dispositivos de funcionamento.

Cada vez mais a publicidade consegue arrancar suspiros de homem e mulheres que sobrevivem dentro de um consumo desenfreado, isso se torna perigoso e ainda pode virar doença.

A questão do consumo abusivo acaba por influenciar nossos jovens que estão aí de encontro com os anúncios revestidos de mensagens onde se deixa claro ter é poder, e nossas crianças que ainda sem discernimento, também são tão cedo seduzidas pelo ato da compra.

Então devemos nos ater de como somos condicionados desde de pequenos a nos contagiar por uma sociedade hipócrita e mesquinha que te reconhece quando você tem o melhor carro, a melhor roupa, a melhor casa, mas vira as costas quando você por algum motivo superior as suas forças, fora excluído do poder de simplesmente consumir, consumir e consumir...

Uma mudança significativa depende de uma mudança de consciência coletiva.

Como anda nossa educação?

As mudanças significativas ocorridas em nosso sistema de ensino nos transportam para a década de 90, e lá nos deparamos com ela, nossa progressão continuada, pois ao mesmo tempo em que o fenômeno da globalização dilui fronteiras e padroniza condutas e modos de vida e consumo, as fontes de informação se multiplicaram rapidamente em tempos de mudanças aceleradas e passa a prevalecer na sociedade contemporânea, a idéia do conhecimento em rede, a escola deixa de ter papel tão marcado na pura transmissão do conhecimento, devendo transformar-se numa facilitadora do manejo de informações pelos alunos.

Será que esse discurso realmente prevalece em nossas escolas?

De onde surgem nossas inovações?

Pois sabemos, que em nossa cultura política, o Estado, os governos, os grupos técnicos políticos e intelectuais e, recentemente, até organizações privadas, definem o que convém a sociedade, as famílias, e as escolas.

E dessa forma questionar quem?

Toda inovação social cultural ou pedagógica será sempre iniciativa de um grupo iluminado modernizante, que direciona toda e qualquer mudança social?

Sabemos que as tendências curriculares na década de 90 tinham um discurso veiculado nas propostas curriculares vigentes, ou seja, seguíamos livros didáticos, guias ou propostas, paradigmas internacionais e os PCNs, que de certa forma impõem uma ideologia, uma homogeneização de ensino. A escola reproduz as desigualdades, os professores são receptores do conhecimento são vistos como tradicionais, os currículos obsoletos, em nossa sociedade contemporânea, os discursos que conhecemos sobre o trabalho pedagógico e sua imagem negativa são: a baixa qualidade, conteúdos desatualizados, alto custo, desperdício de recursos públicos, despreparo dos professores é essa a visão de um grupo iluminado, que só acredita na mudança somente de cima para baixo, ou seja, envolve-se a crença de que cada nova proposta vinda do alto, a escola se renovará, muitos dos nossos educadores tem consciência que tal crença não faz parte da cultura dos profissionais da educação básica, ao contrário pois sabemos que apesar das mudanças de governo, o que acontece na escola não muda facilmente.

São tidos como desqualificados, nunca os consideram como prontos e qualificados, assim as mudanças e inovações, sempre estarão no intuito de renovar a escola de fora.

Quando será superada essa visão preconceituosa e elitista?

E temos viabilidade e consciência para afirmar, que a mudança só virá se houver uma construção coletiva.

Então se o objetivo da progressão continuada é a diminuição da evasão escolar e da repetência, o que será mais importante a quantidade de alunos dentro da escola, ou a formação qualitativa desses alunos?

E para que haja uma verdadeira reforma curricular, é preciso que ocorra uma interação entre os que fazem a educação os professores, e os que pensam a educação os iluminados, os professores que fazem essa educação não devem ser tido como meros reprodutores, eles devem ser considerados como sujeito e a escola como local que transita saberes, o papel de todo educador é formar pessoas críticas de forma emancipatória.

Contudo podemos afirmar que mudanças e inovações, só acontecerão de forma correta, quando as políticas educacionais e curriculares, estiverem orientadas por novos interesses sociais e políticos, e quando até mesmo nós cidadãos comuns tivermos consciência que temos e que precisamos reverter essa lógica econômica que predominava ontem, que está predominando hoje, e se nada for feito predominará amanhã.

O terror da sala de aula.

A indisciplina dentro de sala de aula é um dos grandes problemas que educadores da modernidade enfrentam dentro das escolas. O comportamento de crianças e adolescentes fogem do padrão tido há alguns anos atrás, onde nada podia, tudo era entendido em um simples olhar ora pelo pai ora pelo próprio professor.

Devemos ser categóricos os tempos mudaram, mas o que fazer quando a indisciplina atrapalha o rendimento do aluno e da sala como um todo.Primeiramente temos que identificá-los estudar as causas desse comportamento inadequado, como pelo próprio desequilíbrio na relação professo-aluno, o aluno por sua vez não aceita que o professor dê ordens de forma imposta,o professor muitas vezes por ainda se enxergar como autoridade máxima dentro de sala, não provoca o aluno no sentido de conquistá-lo.

E ainda temos as causas que não estão relacionadas diretamente ao contexto escolar propriamente dito tais como problemas familiares, inserção social ou escolar, excessiva proteção dos pais, carências sociais, forte influência de ídolos violentos, etc.

Embora esses tipos de problemas não caberá ao professor solucioná-los, sua atitude será restrito somente ao âmbito escolar, por isso o professor deve usar e assumir a atitude de quem detém um poder mas não se sabe bem quanto nem quando o vai usar. Se um professor usa demais as mesmas armas, acaba por ficar desarmado.assim não há uma receita para tentar acabar com o problema deve ser usados estratégias para que as situações indesejáveis dentro de sala de aula sejam amenizadas.

Hiperatividade: frescura ou doença?

A doença que atinge crianças, adolescentes e até mesmo adultos, faz parte do cotidiano escolar de diversas escolas.

Segundo a revista Nova Escola três fatores ajudam a distinguir o hiperativo da criança que tem apenas um distúrbio de atenção mais leve e daquela que busca apenas chamar a atenção: a contínua agitação motora, a impulsividade e a impossibilidade de se concentrar, seja em brincadeiras ou em atividades pedagógicas. Essas atitudes devem ser constantes durante pelo menos seis meses seguidos.

A hiperatividade só é percebida em situações que exigem uma linha de concentração da criança, e geralmente acontece nas fases iniciais da vida escolar. A escola deve ter profissionais qualificados que possam prestar atendimento a esses alunos.

De acordo com a psicopedagoga Renata Busa Escudeiro a escola deve ter um acompanhamento psicopedagógico institucional, que vem a trabalhar com a prevenção dos sintomas da doença. “È fundamental um trabalho de mediação entre psicopedagogo, escola, professor e aluno e etc”, acrescenta Renata.

Educação quantitativa ou qualitativa?

Estamos inseridos em uma sociedade de consumo, onde se busca a importância do ter. Nascemos e crescemos aprendendo costumes e valores impostos pela cobrança cultural do sistema vigente.
E deixamos de lado a valorização do ser, e pior que isso consiste em qualquer âmbito desde cultural ao educacional, nossa educação deixa de lado seu maior princípio formar cidadãos críticos e atuantes, para formar indivíduos passivos e alienados.
O sistema de ensino preocupa-se somente com questões quantitativas, um exemplo são os próprios vestibulares que cobram dos alunos um acúmulo de conhecimento dado durante anos, para se avaliar em um só dia.Para quê? Uma sociedade meritocrática que coloca para o indivíduo desde de muito cedo a cobrança pelo próprio sucesso, deixando sobre sua responsabilidade as conquistas feitas durante a vida.
Sabemos que as possibilidades de mudanças no sistema que vivemos será difícil, pois as desigualdades são inúmeras em muitos sentidos.

Mas então o que fazer?

A mudança só ocorrerá, quando houver mudanças significativas dentro de nossa educação, pois é somente ela que poderá conscientizar indivíduos de seu verdadeiro papel na sociedade, é somente ela que os levará a questionamentos e indagações que os farão reconhecer a importância de pertencermos a um só grupo.

Sendo assim, estaremos caminhando na direção certa de realmente termos a tão utópica educação de qualidade, que ensina a questionar, a atuar e a transformar a sociedade

O FIM DOS CD'S?

Oitocentos e dezessete centímetros quadrados é o espaço de trabalho que o designer das capas de LPs, os antigos bolachões, perdeu quando os discos de vinil foram substituídos pelos CDs. O trabalho artístico desenvolvido por esses designers começou, aqui no Brasil, em 1951 quando Paulo Brèves desenhou a primeira capa de LP. Esses artistas dispunham de um espaço de 31 x 31 cm nas capas dos bolachões para demonstrar sua arte. Os discos de vinil conservavam a identidade do álbum musical. A partir do final da década de 1980 e início da década de 1990 com a invenção dos compact discs esse espaço diminuiu para 12 x 12 cm. Com a digitalização da música e o crescimento constante da pirataria pode-se visualizar o fim desse trabalho artístico.
Para a estudante de produção musical Mariah Messias, é importante que haja consciência no ato da compra de um cd, pois não é só a qualidade do áudio que influencia. “Eu não quero contribuir para esse mercado negro, a renda arrecadada com esse dinheiro, não se sabe ao certo para onde vai, parte dela pode ir até para o tráfico” afirma.
Cada vez mais, o mundo contemporâneo direciona-se para a convergência de novas tecnologias. Hoje em dia os jovens preferem baixar músicas, e até cd’s inteiros, pela Internet. Com a mudança no formato no qual se vende música, altera-se também a forma como consumir, pode-se interessar mais por canções isoladas do que por um conjunto de canções que foram lançadas em um mesmo álbum. Na época do disco de vinil quem quisesse comprar uma só faixa de um determinado artista levaria para casa o disco todo.
“Tenho a praticidade de gravar em minha casa, e ainda assim, escolher as músicas que mais gosto”, afirma a estudante Jane Oliveira, 22 anos.
De acordo com o sociólogo Jefferson Barcellos, esse processo veio para tornar o fluxo de informações mais rápido. “Acredito que as duas vertentes que ganharam maior visibilidade foram a indústria da fotografia e a musical”, diz.
Segundo estudos e pesquisas as vendas de música on-line estão cada vez maiores, ao contrário dos cds.
As gravadoras independentes já embarcaram na música on-line e podem lançar artistas novos sem muito risco.
Um CD tem um custo alto para ser fabricado, distribuído e estocado, o que não ocorre com as músicas para downloads.
Para Jefferson, o principal motivo que faz com que o jovem deixe de comprar cd é cultural mais até do que o econômico. A rede os abastece com a música de maneira gratuita.
Segundo a revista Forbes publicou um estudo que mostra uma previsão de queda de 18% nas vendas de CDs até o fim do ano e mais 20% até o fim de 2008. As vendas de música para download, por outro lado, vão aumentar em até 28% nos próximos meses.
Para o produtor musical do Instituto da Música, Marcio Cintra, o mundo fonográfico entrou em crise devido à comercialização da distribuição digital. Hoje as grandes gravadoras já vendem bilhões de dólares através de sistema de download como o itune da apple”, conta.
Com a era da digitalização e as facilidades que a modernidade oferece, a tendência que os produtos de consumo seja apresentado ao consumidor, como forma de facilitar.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Grupo de defensores dos direitos humanos ajudou na criação da Casa das Mangueiras

Descoberta de uma cadeia em condições subumanas aguça a vontade de ajudar menores infratores

Alexandre Carlomagno
Mateus de Lucca Constantino
Vivian F. G. da Costa


A Casa das Mangueiras foi criada em oito de dezembro de 1973, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, por meio de uma parceria entre um grupo de defensores dos direitos humanos e a comunidade. No início sua finalidade era apenas acolher e educar crianças e adolescentes em condições de risco social, depois o espaço começou a desenvolver um trabalho de socialização com esses jovens. O dia de sua inauguração celebra o dia da justiça.
Tudo começou após o grupo descobrir que menores infratores eram mantidos presos, em condições subumanas e junto com os adultos, sem a elaboração de boletins de ocorrência. O local tinha até uma cela com grade eletrocutada e funcionava há 12 anos sem que ninguém, a não ser os militares, soubessem dele.
Sueli Danhone uma das fundadoras da Casa e hoje atual diretora era professora e participante de um grupo de atendimento social da igreja Católica, morou no Chile e retornou a Ribeirão com idéias socialistas. “O contexto histórico vivenciado naquela época era o cenário da ditadura militar, que restringia a todos qualquer tipo de liberdade”, diz ela.
Em entrevista concedida a EPTV (emissora filiada da Rede Globo) Sueli disse que é preciso sonhar sempre. “Quando você sonha, vence os limites e avança para o infinito”, reflete.
Com muitos sonhos e realidades a Casa teve que procurar maneiras de se manter para que pudesse continuar realizando seus projetos. Foi então que surgiu a idéia de se fazer parcerias com as empresas privadas do município, para que os jovens pudessem ter a oportunidade do primeiro emprego, assim, veriam aumentar as possibilidades de inserção social.
Entre essas empresas estão nomes como a concessionária de veículos Santa Emília, Gráfica
São Francisco, Empresa JP farmacêutica e a empresa de equipamentos agrícolas Santal.
Após 34 anos de história, a ONG ainda precisa da parceria de empresas para o desenvolvimento dos projetos realizados por ela, como por exemplo, o projeto de reciclagem, as oficinas de artesanato, o curso de treinamento profissional e outras atividades que ajudam a integrar o jovem à sociedade.
O balanço do trabalho desenvolvido com as crianças apresenta saldo positivo. “Apesar das inúmeras dificuldades encontradas e de episódios de derrota, o trabalho de valorização da vida e reintegração social tem histórias animadoras que comprovam que é possível ajudar a combater o mundo tão desigual no qual estamos inseridos”, otimiza Sueli.
As derrotas ficaram por conta dos menores, que apesar de passarem pela Casa, não conseguiram romper com a estrutura do crime e tiveram como fim os presídios ou a morte.
Os objetivos dos projetos desenvolvidos na Casa, não são de caráter assistencialista, ou seja, não visam suprir somente a necessidade social, mas sim é uma contribuição na formação do educando. De acordo com a diretora a finalidade seria a reintegração desse jovem à sociedade, que por falta de oportunidade foi excluído economicamente e socialmente.
Todas as ações desenvolvidas na Casa das Mangueiras visam atender as demandas sociais de uma parcela da comunidade carente do bairro Vila Recreio, na periferia norte de Ribeirão Preto. A Casa começou seu trabalho no bairro Iguatemi e após 10 anos mudou-se para o novo bairro.
Trabalhos como esse, apresentado por um grupo de pessoas engajadas e com vontade de ajudar, colaboram para que o mundo se torne um pouquinho melhor. “É isso que nos leva a refletir as maledicências que a vida moderna trouxe para a vida humana”, conclui Sueli.
A Casa das mangueiras pode ser ajudada com doações e trabalhos voluntários. Para colaborar você pode ligar para o telefone (16) 3622 2141. Faça sua parte!





LIVRO DE CACO BARCELLOS FAZ RELATOS DOS ABUSOS COMETIDOS PELA PM DE SÃO PAULO

Caco Barcellosfaz, no livro Rota 66, uma minuciosa pesquisa sobre a ação da Polícia Militar na época do AI-5 (Ato Inconstitucional 5) da ditadura militar brasileira. O livro nos mostra como a PM agia de maneira desumana e cruel com os "possíveis criminosos", e além disso a polícia forjava provas que justificavam essas ações.
Mais de 4.000 casos foram analisados por Caco e sua equipe , o resultado dessa análise é impressionante, pois de acordo com Barcellos mais de 50% dos assassinatos cometidos pela PM eram de pessoas que jamais tiveram passagem pela polícia. Ele diz também, no final do livro, que míseros 0,2% das "vítimas" da polícia tinham potencial para serem assassinos de verdade.
Apesar do resultado ser impressionante, outro aspecto que chama muita atenção no livro é a maneira como a PM cometiam os crimes. Na grande maioria dos casos os policiais torturavam os "possíveis criminosos" e depois matavam-os de forma cruel, sem que a "vítima" pudesse ter a chance de se defender.
Barcellos mostra também como a investigação dos abusos da PM era "cega" e na maioria das vezes absolvia os "policiais assassinos" e tratavam-os como se fossem heróis.
Após ler o livro a primeira dúvida que me veio à cabeça foi: quem realmente seriam os criminosos?

terça-feira, 27 de novembro de 2007

FOTOS QUE FIZERAM HISTÓRIA

No texto intitulado "Brasil, um país de todos?", publicado aqui no Discutir Educação, escrevo sobre a corrupção em nosso país e sobre a política pública social de nosso excelentíssimo Presidente Luís Inácio Lula da Silva. Pude perceber na pesquisa que fiz para escrever esse texto que boa parte da população brasileira vive em condições miseráveis. Não diferente daqui, há muitos países em que seus povos vivem nessa mesma condição.
Busquei três fotos que considero marcantes na história de nosso querido Planeta Terra. Acredito que essas fotos demonstram por si só a maneira como estamos caminhando, e espero que elas façam com que reflitam sobre o que realmente querem para suas vidas. Faça valer a pena!







BRASIL, UM PAÍS DE TODOS?


Com aproximadamente 180 milhões de pessoas, o Brasil, nos últimos anos, tem demonstrado ser um país onde a impunidade reina absoluta. Freqüentemente a imprensa divulga novos casos de corrupção. Renan Calheiros, José Dirceu, Antônio Palocci, são alguns dos nomes que não saem dos noticiários.
Os brasileiros acompanham esses casos da mesma maneira que acompanham a novela das oito. Brasília, capital do país, já se transformou em um cenário de novela mexicana. Os personagens principais, senadores, deputados, ministros, pessoas que deveriam defender o interesse da população brasileira, utilizam o poder que os cargos lhes proporcionam para cometer crimes e por fim acabarem sem ao menos responder por esses delitos.
Enquanto essas pessoas enriquecem facilmente o povo brasileiro precisa trabalhar duro para conseguir manter um padrão de vida aceitável.
Milhares de pessoas sofrem com a desigualdade social. Crianças passando fome, a criminalidade, o descaso de nossos representantes no governo. Tudo isso o brasileiro precisa enfrentar sem perder a esperança de que um dia terão uma vida melhor.
E o que o governo faz para melhorar a vida dessas pessoas? Luís Inácio Lula da Silva adotou como uma das principais políticas públicas sociais de seu governo o assistencialismo. Os programas Bolsa Escola e o Fome Zero são divulgados pelo mundo como exemplo de política social e até são recomendados por órgãos como o Banco Mundial e a Organização das Nações Unidas, mas será que apenas "dar" uma mísera quantia em dinheiro ajuda, realmente, a mudar as condições de vida dos brasileiros? Ou esta foi a maneira que o governo encontrou para manter os "pobres miseráveis" conformados e sob controle.
Com a proximidade das eleições uma coisa é certa, a exaltação dessas políticas sociais fica ainda mais evidente, mostrando-nos assim um dos possíveis motivos para que foram criadas: campanha política.
O governo precisa, acima de tudo, melhorar a distribuição de renda da população brasileira, e é isso que o poder público diz, em seus discursos, estar fazendo. O governo deixa bem claro que o crescimento econômico contribui para uma melhor distribuição de renda, mas a realidade é outra, a política econômico-financeira praticada leva, segundo Henrique Rattiner professor da FEA- USP e membro da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Lideranças (ABDL), ao aumento das desigualdades sociais e regionais e à exclusão social da qual "nenhuma demagogia ou ‘milagre’ poderão nos redimir".

Comprar compulsivamente é doença e tem nome: Oniomania



O fácil acesso aos meios de comunicação, principal divulgador da ideologia de consumo, produz cada vez mais jovens consumistas

Mateus Constantino
Vivian Garcia

Lá está ela olhando aquela vitrine com olhos brilhantes e respiração ofegante, o desejo pela compra torna-se algo incontrolável. Surge uma necessidade descabida, uma vontade involuntária, não se dá importância ao produto, mas sim, o ato de comprar. Gastar compulsivamente é sinal de doença, a oniomania, caracterizada pelo desequilíbrio que o indivíduo tem em controlar o impulso de comprar.
“Esse tipo de consumo pode ser considerado como um transtorno compulsivo obsessivo quando ele passa a trazer malefícios ao indivíduo, como por exemplo, deixar de comprar os bens úteis para comprar bens que sejam desnecessários”, afirma a psicóloga Tatiana Beneduzzi.
“Quando quero alguma coisa não paro pra pensar se é realmente necessário ou não, apenas quero”, diz a auxiliar de marketing Ana Carla Pereira Alves.
De acordo com a psicóloga Tatiana Zambrano Filomenski, membro do Ambulatório do Jogo Patológico e Outros Transtornos do Impulso da USP, Universidade de São Paulo (AMJO - USP), em entrevista ao site delas.ig.com, um conjunto de fatores determinam o aparecimento da doença “o fator principal é genético, que leva o indivíduo a ter uma pré-disposição para desenvolver este tipo de doença. O segundo fator, não menos importante, é o ambiente familiar, que proporciona a apreensão de determinados valores, como o papel do dinheiro na família. A personalidade aparece como o terceiro fator, quem desenvolve a síndrome revela baixa auto-estima e identidade frágil. Como quarto fator temos a cultura na qual o indivíduo está inserido: nossa cultura, por exemplo, estimula o consumo e a posse de bens”, explica.
“Acoplado a todos estes fatores, precisamos de um fator ‘estressor’, algo que acontece na vida da pessoa e que desencadeia este comportamento de comprar compulsivamente”, acrescenta a psicóloga Tatiana.
A idade média para o início da doença é aos 18 anos, porém só é percebida como problemática dez anos mais tarde. De acordo com a socióloga Cláudia Regina Benedetti a juventude tem um acesso muito fácil aos meios de comunicação, principal divulgador da ideologia de consumo. “Há três gerações não tínhamos TV, vídeo cassete, DVD, computador pessoal, internet, MP3, MP4, celulares, sendo assim o acesso ao consumo era limitado à oferta in loco, hoje o consumo ultrapassa as barreiras das prateleiras das lojas e dos supermercados, ele se perpetua em nossa vida cotidiana, ao fazermos uma chamada pelo celular, ao ligarmos a TV, ao ouvirmos uma música, por isso vivemos em uma sociedade do consumo que produz, necessariamente, jovens consumistas que alimentam o capital”, ressalta a socióloga.
“Pra mim, consumir é uma sensação maravilhosa, não tem explicação, um verdadeiro prazer”, diz Ana Carla.
Segundo Cláudia, o processo de sedução ganha corpo na medida em que as pessoas são herdeiras de um processo histórico e ideológico que valoriza a individualização, e nesse padrão, elas só se destacam individualmente por meio daquilo que consomem, já que estes objetos de consumo determinam a posição social. “Se para um servo da Idade Média, sua posição estava condicionada ao nascimento, para os indivíduos da modernidade (nós), esta posição se constrói pelos bens que podemos consumir, e a indústria aproveita essa perspectiva para criar novas necessidades de consumo”, finaliza Cláudia.
Para auxiliar pessoas que sofrem da Oniomania foi criado um grupo conhecido como Devedores Anônimos (D.A.), com o propósito de ensinar seus membros a reaprender a lidar com o dinheiro. O grupo foi criado em abril de 1997 e tem como base a proposta dos Devedores Anônimos norte-americano, fundado nos Estados Unidos em 1968, e europeu. O grupo presta serviços em São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Ceará. Os encontros são semanais e duram, em média duas horas. Nas reuniões o consumidor ou devedor compulsivo encontra o conforto e a possibilidade de desabafar com outros que sofrem da mesma doença.

TESTE: SAIBA SE VOCÊ É UM COMPRADOR COMPULSIVO.


Desenvolvido por coordenadores do Ambulatório de Jogos Patológicos e Outros Transtornos do Impulso (AMJO), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, este teste ajudará você saber se possui hábitos considerados compulsórios na hora de comprar.









TESTE

Como saber se você é um comprador compulsivo


-Não resiste ao impulso de comprar?
-Gasta mais que o planejado e se prejudica financeiramente?
-Impede ou prejudica seus planos de vida e das pessoas à sua volta?
-Precisa efetuar a compra de qualquer forma, independente do produto comprado?
-Percebe que está comprando coisas que não usa ou usa muito pouco?
-Assume dívidas acima de cinco vezes o valor de sua renda mensal?

Se a maioria de suas respostas foi SIM, você já aponta problemas com o hábito de comprar. No entanto, o diagnóstico exato só pode ser dado a partir de entrevistas com profissionais da área. Este teste é uma descrição dos sintomas mais comuns apresentados pelos compradores compulsivos e serve para indicar uma possível oniomania.

Fonte: Desenvolvido por coordenadores do Ambulatório de Jogos Patológicos e Outros Transtornos do Impulso (AMJO), do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

ENTREVISTA: CLÁUDIA REGINA BENEDETTI - SOCIÓLOGA

DE - Quais fatores influenciam o consumo desenfreado da sociedade?


Cláudia Benedetti - O principal fator é o processo produtivo que precisa renovar-se a todo instante para gerar lucro, é claro que esse processo mercadológico possui suas estratégias e a mais eficaz é a publicidade, não só a publicidade feita diretamente, mas, principalmente, a criação de padrões culturais, de estilos de vida que estão pautados no consumo. Ao assistirmos um filme entramos em contato com modelos de consumo transfigurados em romances, dramas, comédias. As roupas, os acessórios, os carros, as casas, os comportamentos, sutilemente imprimem uma padronização e um estilo de vida. O processo de sedução ganha corpo na medida que somos herdeiros de um processo histórico e ideológico que valoriza a individualização, e, nesse padrão, só nos destacamos individualmente por meio daquilo que consumimos, já que estes objetos de consumo determinam minha posição social. Sendo assim, se para um servo da Idade Média, sua posição estava condicionada ao nascimento, para os indivíduos da modernidade (nós), esta posição se constrói pelos bens que podemos consumir, e a indústria aproveita essa perspectiva para criar novas necessidades de consumo.


DE - Como o sistema capitalista influencia o jovem a ter um desejo quase que compulsivo pela compra?

CB - A juventude possui um acesso muito fácil ao meios de comunicação, principal divulgador da ideologia de consumo, sabe lidar com eles, explorá-los, há três gerações não tínhamos TV, vídeo cassete, DVD, computador pessoal, Internet, Mp3, Mp4, celulares, sendo assim o acesso ao consumo era limitado à oferta in loco, hoje o consumo ultrapassa as barreiras da prateleira da loja e do supermercado, ele se perpetua em nossa vida cotidiana, ao fazermos uma chamada pelo celular, ao ligarmos a TV, ao ouvirmos uma música. Por isso vivemos em uma sociedade do consumo que produz, necessariamente, jovens consumistas que alimentam o capital.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Jornalismo é o curso mais concorrido da USP


A Fuvest divulgou a relação candidato/vaga do vestibular 2008 da USP (Universidade de São Paulo), umas das melhores universidades públicas do país. O curso que está no topo da lista é o jornalismo com 41,63 candidatos por vaga. Logo atrás vem os cursos de publicidade e propaganda, com 41,02, relações internacionais, com 36,88 candidatos por vaga, curso superior do audiovisual, com 36,40 e medicina e ciências médicas, com 33,99 candidatos por vaga.
No total, a Fuvest recebeu 140.999 inscrições (127.535 candidatos e 13.464 treineiros).
O vestibular oferece 10.552 vagas, sendo 10.302 vagas para a Universidade de São Paulo, 100 vagas para Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e 150 vagas para a Academia de Polícia Militar do Barro Branco. A USP oferece 60 vagas para a carreira de jornalismo.

Mesmo mantendo-se como um dos mais importantes vestibulares do país, a Fuvest teve uma queda de 1,18% nas inscrições em relação ao ano passado, quando 142.656 alunos se inscreveram para o concurso.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Educação vem do berço

A resposta é clara e nítida de que foram os tempos em que os pais falavam e os filhos obedeciam. É evidente que as mudanças de comportamento transformaram a sociedade.Os pais vivem na procura do equilíbrio de como limitar os filhos.
No cotidiano é possível observar algumas situações em que as crianças chutam os pais, beliscam, gritam, choram e até mesmo fazem objetos voar, os pais ficam envergonhados, porém muitas vezes não sabem qual medida devem tomar em locais públicos.
O problema talvez esteja na mania que os pais tem de realizar todos os desejos dos filhos. O melhor caminho é acompanhá-los no crescimento, ajudando a reconhecer a diferença entre um local e outro e que aprendam como se comportar, sentir-se mais confortável mover-se com desenvoltura do que se for um mal educado típico.
Por vezes, os pais sentem que é mais cômodo deixar o filho comportar-se como quiser, do que se sentar várias vezes para ensinar boas maneiras. Saber dizer um “não” com equilíbrio e firmeza é necessário para uma educação saudável e promissora.

Educação alimentar: desafio dos pais

A necessidade de uma alimentação balanceada é essencial à saúde. Porém este balanceamento depende da ingestão diária de frutas, verduras, legumes e hortaliças, equilibrando também o consumo de laticínios, carnes, açúcares e carboidratos. Ao contrário do que muita gente pensa, para uma boa alimentação, não é preciso excluir carnes vermelhas, açúcar ou mesmo gorduras, mas é necessário evitar excessos para evitar doenças ou distúrbios como: excesso de colesterol, pressão alta, hipotiroidismo e obesidade.
Pesquisam apontam o crescimento de crianças e jovens com peso acima do normal ou obesos. Devido este crescimento a Secretaria Educação do Estado de São Paulo implantou algumas medidas nas escolas para controlar os produtos vendidos nas cantinas. O jovem precisa entender o valor nutricional de cada alimento, não adianta proibir grupos de alimentos, o método mais eficaz é aliar alimentos saudáveis à educação alimentar, para que os estudantes se conscientizem das melhores escolhas.
Após decreto de 24 de março de 2005, cabe à Associação de pais e mestres definir, como deve ser o serviço nas cantinas.
Cinco medidas foram identificadas como principais durante pesquisa; ações educativas e informações sobre a importância da moderação no consumo de açúcares, gordura e sal; estimular a substituição de refrigerantes por sucos, bebidas lácteas ou à base de extratos ou fermentação (soja, leite, etc); substituição de frituras por salgados e doces assados, evitar a venda de balas, chicletes e salgadinhos industrializados; vendas de barras de chocolate (menos de 30 gr).Esta medida além de mudar o cardápio, propõe a implantação de um programa educativo interdisciplinar nas escolas.
Na realidade devido os hábitos familiares e vida apressada a alimentação de crianças
e adolescentes muitas vezes baseia-se nos fast-foods (pizza, hambúrguer, enlatados), enfim é necessário aumentar a ingestão frutas, legumes e verduras para suprir os valores nutricionais necessários.

A influência da tecnologia na educação

A mudança contínua das novas tecnologias influencia na forma de vida, trabalho, causando a necessidade de transformação aos processos de ensino e aprendizagem. O uso do fax, computador, além de serviços prestados via satélite mostram que o conhecimento está mais acessível, pois reduz as fronteiras do espaço e do tempo.
É difícil imaginar nos dias de hoje o uso de máquinas de escrever, ao invés de computadores, já que alguns modelos são encontrados no museu histórico. Ou então trocar o e-mail pelo sistema de cartas. Quanto tempo perderia a espera de uma resposta que agora chega dentro de alguns segundos.
Cada vez mais escolas e faculdades investem em novas tecnologias multimídia para transmitir idéias, descrever objetos e outras informações em seus trabalhos. Hoje os computadores são sofisticados e transformados em algo próximo, pessoal e móvel. A crescente renovação e disponibilidade da tecnologia nas instituições de ensino permitirão um aprendizado mais individualizado afetando de forma direta o sistema educacional. Sendo assim o professor terá a função de mentor do aprendizado, não apenas a fonte dos conhecimentos.A tecnologia proporciona aos estudantes trabalharem em diferentes níveis e medir a qualidade do aprendizado.
O maior desafio da atualidade está em aprender a adaptar-se às mudanças com o mínimo de esforço físico ou mental, sendo importante preparar a população para trabalhas com os novos equipamentos, superar as mudanças constantes nas novas formas de trabalho, tornando o aprendizado um processo natural e permanente que atenda as exigências do mercado de trabalho.

A relação professor e aluno

Nosso objetivo é ressaltar a relação professor-aluno, e lembrar sempre que educadores devem ser facilitadores da aprendizagem.
O educador tem que ser um conhecedor, ter uma visão ampla global das situações, e assim criar, para não mais se prender a blocos fechados e verdades prontas.Ao proporcionar reais situações com o conhecimento, o professor possibilita um caminho de elaboração e apropriação ao aluno, com isso eles vivenciam situações vivas e ricas de conhecimento, e ainda assim, buscar compreender a interação dos fenômenos da realidade.
Nossos educadores por serem facilitadores, deverão também orientar no processo ensino-aprendizagem.
Os educadores, junto à escola deve procurar através de sua proposta eliminar os mecanismos que produzem a exclusão social e cultural, fazendo com que a própria escola se torne democrática e inclusiva.
Fazer sempre uma reflexão de todos os seus métodos avaliativos, dar ao aluno trabalhos diversificados, desafiando-os a colocarem em prática toda sua bagagem, e fazer com eles se sintam capazes de aprender.
No entanto, desde de pequenas, a valorização de seu esforço e comentários a respeito de como constroem e se apropriam desse conhecimento são atitudes que as encorajam e as estimulam à própria aprendizagem.
E nunca se esquecer que temos um novo contexto, uma ideologia que facilita sempre a reprodução e o senso acrítico desses educandos.

domingo, 24 de junho de 2007

ENTREVISTA: SAMUEL GACHET

Samuel Gachet é psicólogo e nesta entrevista fala sobre a invisibilidade social, tema da reportagem feita por mim e por Vivian Fernanda Garcia da Costa para o jornal laboratório do Centro Universitário Barão de Mauá e que está postada aqui no blog. Essa discução é de extrema importância, pois vemos cada vez mais a maneira como o preconceito se insere na sociedade brasileira de maneira invisível.

Porque pessoas que pertecem a um "nível social melhor" têm dificuldade em enxergar pessoas que estão em uma "escala social inferior"?
Gachet: O sistema Capitalista sobrevive sob a lei do mais valia onde para que um ganhe, é imediatamente necessário que outro perca. Desse modo a população de baixa renda é vista com um vasto mercado consumidor, e essa é sua única forma de visibilidade. A segregação de minorias sofre uma inversão no aspecto econômico; a maioria da população humana que constitui a “escala social inferior” é vista apenas como um todo, como uma massa enorme com potencial de compra, porque mesmo muitas vezes vivendo em situação de miséria é responsável pela manutenção do mercado e da indústria cultural. Isso faz com que a minoria (rica) seja sectária e a maioria (pobre) seja segregada.Quando os constituintes dessa massa são individualizados, sofrem com a invisibilidade social. Ser invisível é sofrer a indiferença, é não ter importância. Quanto mais a dita classe A se isola em seus benefícios oriundos do capital, mais torna os indivíduos invisíveis; condomínios habitacionais, carros blindados, hospitais e colégios privados, são exemplos clássicos de isolamento da população com poucas “condições financeiras”.

Há algum fator determinante para que se desenvolva essa indiferença emalgumas pessoas, ou seja, o meio social ou cultural influencia na invisibilidadesocial?
G: As pessoas são constantemente influenciadas pelo meio social em que vivem, seus comportamentos são instalados e podem ser repetidos graças as contingências em que o indivíduo ou grupo social está exposto, e esse indivíduo e/ ou grupo social podem interagir com seu meio social. O problema ocorre quando grupos sociais começam estabelecer comportamentos supersticiosos e preconceituosos, como as afirmações de que “pobre é vagabundo” e que os “médicos são superiores”.Não há um único fator determinante, mas diversas práticas culturais, em sua maioria ligadas a fatores econômicos: “não compensa olhar para os invisíveis”Interessante frisar, que os indivíduos são invisíveis mas o grupo ao qual pertencem constituem nicho mercadológico em potencial como por exemplo a “indústria da seca” no nordeste brasileiro e a “indústria da violência” nos grandes centros urbanos.

Existe uma faixa etária em que a invisibilidade social ocorre com maiorintensidade?
G: A invisibilidade social atinge principalmente indivíduos que não pertencem ainda, ou não pertencem mais ao mercado de trabalho, ou seja, crianças, adolescentes e idosos.A indiferença é ainda potencializada pela classe social menos favorecida, por exemplo, crianças e idosos pobres e pelas condições de vida, como crianças e idosos pobres em situação de rua.O Brasil teve grandes avanços com a criação dos Estatutos do Idoso e da Criança e do Adolescente (ECA), mas os mecanismos de efetivação de direitos ainda são falhos e a indiferença já está tão estabelecida e enraizada que os próprios seres de direitos não conseguem se impor, mesmo com um código de leis em mãos.O preconceito que gera invisibilidade se estende a tudo o que está fora dos padrões de vida das classes sectárias, e vai muito além das questões de idade. Muitos são os indivíduos que sofrem com a invisibilidade social, como por exemplo, profissionais do sexo, pedintes, usuários de drogas, trabalhadores rurais, portadores de necessidades especiais, homossexuais, etc.O indivíduo culturalmente cego (que não vê os invisíveis) transita e se mistura constantemente com os invisíveis, mas ignora seu potencial transformador e sua capacidade de aceitação e entendimento.

De que maneira a vida das pessoas que são vistas como "invisíveis" é mudada por causa dessa indiferença?
G: Buscamos constantemente reforçadores sociais, queremos ser notados e receber algo em troca do que fazemos. “Aparecer” é ser importante para a espécie humana, ser valorizado de alguma forma é parte integrante de nossa passagem pela vida, temos que ser alguém, um bom profissional, um bom estudante, um bom pai, uma boa mãe, enfim, desempenhar com louvor algum papel social. A invisibilidade social causa um bloqueio nessa conquista, “não sou notado por ninguém, logo buscarei outros reforçadores”.Assim, a invisibilidade social pode levar a processos depressivos, de abandono e de aceitação da condição de “ninguém”, mas também pode levar a mobilização e organização da massa segregada. Assim vemos esses antônimos em nosso cotidiano, ou se é organizado para conseguir visibilidade ou se está fadado a um futuro sem ideais.Temos centenas de exemplos de organizações de invisíveis em nossa nação. O Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), a Central Única de Favelas (CUFA), Fóruns Nacionais, Estaduais e Municipais de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, os Conselhos do Idoso, o Movimento GLBTT (Diversidade Sexual) e outros mostram que muitos que antes eram apenas vistos como uma massa consumidora agora ganham espaço como seres de direitos.Outras formas também organizadas, porém violentas são ainda reflexo da invisibilidade social, como o crime organizado (PCC e CV) e as rebeliões em unidades da FEBEM, isso prova que a invisibilidade social não afeta e transforma apenas a vida das vítimas, afeta também a vida dos vitimizadores, os “cegos”.A invisibilidade social já está cotidianamente estabelecida e estamos de uma forma devastadora nos acostumando a ela, passar por um pedinte na rua ou observar uma criança “cheirando cola” em uma esquina é algo corriqueiro em nossas vidas e aceitar isso é fraturar os direitos humanos, é preciso não só “ver” esses invisíveis, mas é preciso “olhar” para eles e “sentir”junto com eles, é preciso “colocar óculos em toda humanidade”.

sábado, 23 de junho de 2007

Progressão Continuada

Gostaria de expressar todas perspectivas e compromisso com a construção de uma ordem social mais solidária e democrática. Quero enfocar a situação crítica em que se encontra nossa educação.
Explicitaremos então, mudanças significativas ocorridas em nosso sistema de ensino e voltando para a década de 90, falemos um pouco da nossa progressão continuada, pois ao mesmo tempo em que o fenômeno da globalização dilui fronteiras e padroniza condutas e modos de vida e consumo, as fontes de informação se multiplicaram rapidamente em tempos de mudanças aceleradas e passa a prevalecer na sociedade contemporânea, a idéia do conhecimento em rede, a escola deixa de ter papel tão marcado na pura transmissão do conhecimento, devendo transformar-se numa facilitadora do manejo de informações pelos alunos.
Será que esse discurso realmente prevalece em nossas escolas?
De onde surgem nossas inovações?
Pois sabemos, que em nossa cultura política, o Estado, os governos, os grupos técnicos políticos e intelectuais e, recentemente, até organizações privadas, definem o que convém a sociedade, as famílias, e as escolas.
E dessa forma quem indagaremos?
Toda inovação social cultural ou pedagógica será sempre iniciativa de um grupo iluminado modernizante, que direciona toda e qualquer mudança social?
Somos tidos como desqualificados, nunca nos consideram como prontos e qualificados, assim as mudanças e inovações, sempre estarão no intuito de renovar a escola de fora.
Quando será superada essa visão preconceituosa e elitista?
E temos viabilidade e consciência para afirmar, que a mudança só virá se houver uma construção coletiva.
Então se o objetivo da progressão continuada é a diminuição da evasão escolar e da repetência, o que será mais importante à quantidade de alunos dentro da escola, ou a formação qualitativa desses alunos?
E para que haja uma verdadeira reforma curricular, é preciso que ocorra uma interação entre os que fazem a educação os professores, e os que pensam a educação os teóricos, nós não devemos ser tido como meros reprodutores, devemos nos considerar como sujeito e a escola como local que transita saberes, nosso papel é formar pessoas críticas de forma emancipatória.
E é por isso que afirmamos, mudanças e inovações, só acontecerão de forma correta, quando as políticas educacionais e curriculares, estiverem orientadas por novos interesses sociais e políticos, e quando nós todos tivermos consciência que temos, que precisamos reverter essa lógica econômica que predominava ontem, que está predominando hoje, e se nada for feito predominará amanhã.

Alunos de Jornalismo da Barão desenvolvem projeto sobre a Casa das Mangueiras

Os formandos do ano passado fizeram um resgate histórico do trabalho realizado pela Casa em seus 33 anos.

Mateus de Lucca Constantino
Vivian Fernanda Garcia da Costa

O trabalho de conclusão de curso, mais conhecido como TCC, realizado todos os anos para que os alunos possam obter o grau de bacharel em Comunicação Social, teve em um dos 16 projetos apresentados no ano passado o resgate da história de 33 anos da Casa das Mangueiras, que visa o acolhimento e a educação de crianças e adolescentes em situação de risco social.
A escolha do tema “foi motivada pelo fato de ser atual e de grande importância para a sociedade”, declara Murilo Bereta, jornalista, membro do grupo que resgatou a história da Casa das Mangueiras junto com Danilo Scochi, José Olávio e Marcos Brunelli
Os alunos fizeram um trabalho em que puderam exercitar a pesquisa e ainda, ter como experiência a prática do jornalismo social. José Olávio, hoje jornalista formado e editor da EPTV, afiliada da Rede Globo, lembra das dificuldades no desenvolvimento do trabalho. “Como todos trabalhavam tivemos que dividir cada etapa do projeto e sempre trocávamos informações por telefone ou e-mail”, comenta.
Para o grupo enfatizar a responsabilidade social seria algo inusitado. Eles deram andamento ao trabalho depois de várias pesquisas e levantamento de dados sobre a Casa das Mangueiras, para eles era necessário que de imediato soubessem exatamente como era o funcionamento de uma Ong (Organização não Governamental).
“Em um bom trabalho de conclusão de curso é fundamental conhecer a fundo o assunto a ser pesquisado, é preciso levantar dados, pesquisar sobre eles, desenvolver idéias e juntar provas”, conta Marcos Brunelli, editor de imagens da EPTV.
Empenhar-se em um trabalho como esse fez com que o grupo pudesse enxergar um local sério que trabalha há trinta e três anos em prol de crianças carentes. Murilo conta que se sentia uma formiguinha diante de uma mulher como Sueli Danhone, coordenadora e fundadora do projeto. “Sueli dedicou uma vida inteira para ajudar o próximo”.
Após leitura e pesquisas, o TCC, segue rumos diferentes, primeiro eles fizeram um estudo sobre as Ong’s, depois sobre o regime militar, que na época fazia parte do contexto vivenciado, fizeram pesquisa sobre a periferia do Jardim Ipiranga, local onde foi construída a Casa, e por fim o grupo realizou um levantamento da documentação arquivada, “queríamos resgatar alguns personagens da Casa e saber o que havia acontecido com eles”, revela Murilo.
Dentre as opções de trabalho para a apresentação, o grupo optou em fazer uma revista e um documentário. Segundo José Olávio houve a necessidade de se começar a trabalhar primeiro a revista, pois era o veículo de comunicação que tinham menos experiência. O único do grupo que já havia trabalhado com material impresso era o Danilo, “deixamos o documentário para o final porque era uma linguagem a qual dominávamos”, revela José Olávio.
“O resgate histórico de 33 anos da Casa das Mangueiras nos possibilitou uma experiência rica em fatos e histórias que guardaremos por muitos anos”, finaliza Murilo Bereta.

A Casa

A Casa das Mangueiras foi criada em 1973, uma parceria entre um grupo de defensores de direitos humanos e da comunidade de Ribeirão Preto. Tornou-se, para os jovens, um espaço de socialização e aprendizagem.
Para continuar a se manter, a Ong conta com o apoio de empresas da cidade no desenvolvimento dos projetos de reciclagem, oficinas de artesanato, curso de treinamento profissional e outras atividades que ajudam a integrar o jovem à sociedade.
De acordo com Marcos Brunelli a coordenadora da Casa, Sueli Danhone, enfrentou um governo rígido que não cogitava ajuda a entidade.
“Com a dignidade que é peculiar à Sueli, ela batalhou e conseguiu colocar o nome da Casa num patamar mais elevado que muitas outras organizações que nasceram maiores, porém, ainda estão num processo de engatinhamento”, declara Brunelli.
As ações realizadas na Casa representam um projeto social, que conta com a colaboração de voluntários, procurando atender demandas sociais de uma parcela da comunidade carente do bairro Ipiranga, periferia de Ribeirão.
O objetivo da Casa das Mangueiras não é ser assistencialista, e sim contribuir na formação profissional e na educação dos jovens que lá freqüentam. Sueli e sua equipe lutaram contra o preconceito, a rebeldia e o desdém de muita gente, mas conseguiram trazer conforto e dignidade a muitas crianças e adolescentes,ressalta o grupo.

Invisibilidade social: preconceito que gera discriminação

Ser invisível é sofrer a indiferença, é não ter importância. Essa maneira de discriminação está cada vez mais inserida na sociedade.


Vivian Fernanda Garcia da Costa
Mateus de Lucca Constantino

A invisibilidade social é um conceito aplicado a seres socialmente invisíveis, seja pela indiferença ou pelo preconceito. No livro “Homens invisíveis: relatos de uma humilhação social”, o psicólogo Fernando Braga da Costa conseguiu comprovar a existência da invisibilidade pública, por meio de uma mudança de personalidade. Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari na Universidade de São Paulo. Segundo ele, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são “seres invisíveis, sem nome”.
Há vários fatores que podem contribuir para que essa invisibilidade ocorra: sociais, culturais, econômicos e estéticos.
De acordo com psicólogo Samuel Gachet a invisibilidade pode levar a processos depressivos, de abandono e de aceitação da condição de “ninguém”, mas também pode levar a mobilização e organização da minoria discriminada.

Massa invisível
Um dos principais causadores da invisibilidade é a questão econômica. “O sistema capitalista sobrevive sob a lei do mais valia, na qual para que um ganhe é imediatamente necessário que outro perca. Desse modo a população de baixa renda é vista como um vasto mercado consumidor, e essa é sua única forma de visibilidade”, explica Gachet.
Para a universitária Sabrina Ribeiro Rodrigues a invisibilidade não só é provocada pelo fator econômico. “A educação familiar é determinante para a maneira como as pessoas tratam o outro”, completa.
A bibliotecária Marlene Araújo acrescenta ainda que existe preconceito com as pessoas que não estão adequadas aos padrões de beleza. “Se fosse loira, alta e de olhos claros, com certeza me tratariam de outra maneira”, ressalta.
“Para mim o fator econômico não é o principal causador da invisibilidade social, e sim o status que adquirimos diante da sociedade. Se um professor de uma faculdade particular aqui do Brasil estiver em uma faculdade renomada como a de Harvard também se sentirá invisível”, explica a universitária Vanessa Evangelista.
Segundo Gachet o preconceito que gera invisibilidade se estende a tudo o que está fora dos padrões de vida das classes hierarquicamente superiores. Muitos são os indivíduos que sofrem com a invisibilidade social, como por exemplo, profissionais do sexo, pedintes, usuários de drogas, trabalhadores rurais, portadores de necessidades especiais e homossexuais.

Conseqüências
A invisibilidade social provoca sentimentos de desprezo e humilhação em indivíduos que com ela convivem. De acordo com Gachet ser invisível pode levar as pessoas a processos depressivos. “‘Aparecer’ é ser importante para a espécie humana, ser valorizado de alguma forma é parte integrante de nossa passagem pela vida, temos que ser alguém, um bom profissional, um bom estudante, um bom pai, uma boa mãe, enfim, desempenhar com louvor algum papel social”, diz.
Outra conseqüência dessa invisibilidade é a mobilização dos “invisíveis”, grupos de pessoas que se juntam para conseguir “aparecer” perante a sociedade. Muitos são os exemplos desses grupos: MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem terra), a Central Única de Favelas (CUFA), fóruns nacionais, estaduais e municipais de defesa dos direitos da criança e do adolescente. Esses grupos também podem ser encontrados no crime organizado, o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o CV (Comando Vermelho).
A invisibilidade social já está cotidianamente estabelecida e a sociedade acostumou-se a ela, passar por um pedinte na rua ou observar uma criança “cheirando cola” em uma esquina é algo corriqueiro na vida social, segundo Gachet aceitar isso é violar os direitos humanos. “É preciso não só ver esses invisíveis, mas é preciso olhar para eles e sentir junto com eles, é preciso ‘colocar óculos em toda humanidade’”, finaliza.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Para quem educamos?

Atualmente estamos inseridos em um contexto, onde as facilidades do mundo moderno nos rodeiam, onde informações são veiculadas de forma muito rápida, onde enfim, tudo é propositalmente muito ágil.
Devemos nos atentar a atual situação educacional brasileira, e devemos sempre ser críticos e severos, diante, não somente das políticas educacionais, mas sim quais são os seus objetivos e se eles estão sendo alcançados.
O ato de educar não deverá ser reduzido somente ao espaço físico da sala de aula, o aluno deverá ser instigado a todo o momento a pensar sobre sua importância no contexto social, deverá aprender a ser mais questionador e ativo dentro da nossa sociedade.
Para quem estamos educando, é uma pergunta que não cala e deverá ser feita a todos os educadores.Eles têm nas mãos a responsabilidade social de educar cidadãos que tenham sede de mudança, que possam acreditar que mesmo com as dificuldades ainda vale a pena acreditar em uma educação emancipatória.
Esta educação deve estar desvinculada de nosso modelo vigente deve levar em sua essência a mudança, deve acordar a sociedade desse “conformismo descabido”.
Contudo educar é um ato muito maior que o simples fato de se ensinar a ler e a escrever, o dever maior é se ensinar a ler o que está escrito nas entrelinhas, é ensinar a interpretar o que acontece ao seu redor. E finalmente é ensinar que não devemos ser passivos aos acontecimentos.

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Menos de 1% dos cursos superiores tiram nota máxima no Enade


No Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), sistema de avaliação da qualidade do ensino superior, realizado ano passado, menos de 1% dos 5.701 cursos avaliados tiraram nota máxima nos dois conceitos empregados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).Os conceitos consideram o desempenho de ingressantes e concluintes nos cursos e o IDD (Indicador de Diferença Entre os Desempenhos Observado e Esperado), que avalia o quanto de conhecimento os cursos agregam aos alunos.
Participaram do exame um total de 386.524 estudantes (211.837 ingressantes e 174.687 concluintes) de 1.600 instituições de educação superior.
Acredito que este assunto é de extrema importância e por isso decidi começar as postagens por ele.
Esse resultado mostra e reforça o quanto a educação está abandonada em nosso país. Universidades que deveriam formar profissionais capacitados, colocam no mercado de trabalho pessoas sem nenhum preparo. É difícil analisarmos quem realmente deve ser "julgado" como culpado por isso. Será o governo, que "fecha os olhos" para problemas que vão desde a educação infantil até a educação superior, ou seria as Universidades que aprovam alunos sem realmete avaliar se já agregaram conhecimento suficiente para a aprovação, ou quem sabe, olhando por outro lado, o culpado não seria os alunos que buscam nas Universidades apenas um diploma, e não conhecimento, para atuar no mercado de trabalho. Como podemos observar é realmente difícil fazermos uma análise de todas as vertentes desse problema, porém é o que pretendemos com este blog. Espero que nossos leitores possam nos ajudar nessa luta por uma educação melhor.
O resultado completo do Enade pode ser visualizado em:
http://enade2006.inep.gov.br/resultados