sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Uma mudança significativa depende de uma mudança de consciência coletiva.

Como anda nossa educação?

As mudanças significativas ocorridas em nosso sistema de ensino nos transportam para a década de 90, e lá nos deparamos com ela, nossa progressão continuada, pois ao mesmo tempo em que o fenômeno da globalização dilui fronteiras e padroniza condutas e modos de vida e consumo, as fontes de informação se multiplicaram rapidamente em tempos de mudanças aceleradas e passa a prevalecer na sociedade contemporânea, a idéia do conhecimento em rede, a escola deixa de ter papel tão marcado na pura transmissão do conhecimento, devendo transformar-se numa facilitadora do manejo de informações pelos alunos.

Será que esse discurso realmente prevalece em nossas escolas?

De onde surgem nossas inovações?

Pois sabemos, que em nossa cultura política, o Estado, os governos, os grupos técnicos políticos e intelectuais e, recentemente, até organizações privadas, definem o que convém a sociedade, as famílias, e as escolas.

E dessa forma questionar quem?

Toda inovação social cultural ou pedagógica será sempre iniciativa de um grupo iluminado modernizante, que direciona toda e qualquer mudança social?

Sabemos que as tendências curriculares na década de 90 tinham um discurso veiculado nas propostas curriculares vigentes, ou seja, seguíamos livros didáticos, guias ou propostas, paradigmas internacionais e os PCNs, que de certa forma impõem uma ideologia, uma homogeneização de ensino. A escola reproduz as desigualdades, os professores são receptores do conhecimento são vistos como tradicionais, os currículos obsoletos, em nossa sociedade contemporânea, os discursos que conhecemos sobre o trabalho pedagógico e sua imagem negativa são: a baixa qualidade, conteúdos desatualizados, alto custo, desperdício de recursos públicos, despreparo dos professores é essa a visão de um grupo iluminado, que só acredita na mudança somente de cima para baixo, ou seja, envolve-se a crença de que cada nova proposta vinda do alto, a escola se renovará, muitos dos nossos educadores tem consciência que tal crença não faz parte da cultura dos profissionais da educação básica, ao contrário pois sabemos que apesar das mudanças de governo, o que acontece na escola não muda facilmente.

São tidos como desqualificados, nunca os consideram como prontos e qualificados, assim as mudanças e inovações, sempre estarão no intuito de renovar a escola de fora.

Quando será superada essa visão preconceituosa e elitista?

E temos viabilidade e consciência para afirmar, que a mudança só virá se houver uma construção coletiva.

Então se o objetivo da progressão continuada é a diminuição da evasão escolar e da repetência, o que será mais importante a quantidade de alunos dentro da escola, ou a formação qualitativa desses alunos?

E para que haja uma verdadeira reforma curricular, é preciso que ocorra uma interação entre os que fazem a educação os professores, e os que pensam a educação os iluminados, os professores que fazem essa educação não devem ser tido como meros reprodutores, eles devem ser considerados como sujeito e a escola como local que transita saberes, o papel de todo educador é formar pessoas críticas de forma emancipatória.

Contudo podemos afirmar que mudanças e inovações, só acontecerão de forma correta, quando as políticas educacionais e curriculares, estiverem orientadas por novos interesses sociais e políticos, e quando até mesmo nós cidadãos comuns tivermos consciência que temos e que precisamos reverter essa lógica econômica que predominava ontem, que está predominando hoje, e se nada for feito predominará amanhã.

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