sábado, 23 de junho de 2007

Progressão Continuada

Gostaria de expressar todas perspectivas e compromisso com a construção de uma ordem social mais solidária e democrática. Quero enfocar a situação crítica em que se encontra nossa educação.
Explicitaremos então, mudanças significativas ocorridas em nosso sistema de ensino e voltando para a década de 90, falemos um pouco da nossa progressão continuada, pois ao mesmo tempo em que o fenômeno da globalização dilui fronteiras e padroniza condutas e modos de vida e consumo, as fontes de informação se multiplicaram rapidamente em tempos de mudanças aceleradas e passa a prevalecer na sociedade contemporânea, a idéia do conhecimento em rede, a escola deixa de ter papel tão marcado na pura transmissão do conhecimento, devendo transformar-se numa facilitadora do manejo de informações pelos alunos.
Será que esse discurso realmente prevalece em nossas escolas?
De onde surgem nossas inovações?
Pois sabemos, que em nossa cultura política, o Estado, os governos, os grupos técnicos políticos e intelectuais e, recentemente, até organizações privadas, definem o que convém a sociedade, as famílias, e as escolas.
E dessa forma quem indagaremos?
Toda inovação social cultural ou pedagógica será sempre iniciativa de um grupo iluminado modernizante, que direciona toda e qualquer mudança social?
Somos tidos como desqualificados, nunca nos consideram como prontos e qualificados, assim as mudanças e inovações, sempre estarão no intuito de renovar a escola de fora.
Quando será superada essa visão preconceituosa e elitista?
E temos viabilidade e consciência para afirmar, que a mudança só virá se houver uma construção coletiva.
Então se o objetivo da progressão continuada é a diminuição da evasão escolar e da repetência, o que será mais importante à quantidade de alunos dentro da escola, ou a formação qualitativa desses alunos?
E para que haja uma verdadeira reforma curricular, é preciso que ocorra uma interação entre os que fazem a educação os professores, e os que pensam a educação os teóricos, nós não devemos ser tido como meros reprodutores, devemos nos considerar como sujeito e a escola como local que transita saberes, nosso papel é formar pessoas críticas de forma emancipatória.
E é por isso que afirmamos, mudanças e inovações, só acontecerão de forma correta, quando as políticas educacionais e curriculares, estiverem orientadas por novos interesses sociais e políticos, e quando nós todos tivermos consciência que temos, que precisamos reverter essa lógica econômica que predominava ontem, que está predominando hoje, e se nada for feito predominará amanhã.

Nenhum comentário: